Habilitação e Reabilitação / Goalball

O goalball é uma modalidade esportiva desenvolvida especificamente para pessoas com deficiência visual. É baseado nas percepções auditivas e táteis, como também na orientação espacial. Caracterizase como uma atividade dinâmica, interessante e especial. São três jogadores em cada equipe, que lançam a bola, rolando no piso da quadra, para tentar fazer o gol. A outra equipe tenta impedir o gol com os três jogadores deitando-se no piso para realizar a defesa da bola lançada pelo adversário e, assim, a disputa segue em duas etapas; vence o jogo a equipe que conseguir o maior número de gols. O silêncio dos praticantes e espectadores é extremamente importante para o bom andamento da partida.

O controle e a aplicação das regras são assegurados por uma equipe de arbitragem, composta por dois árbitros principais, mesários e juízes de linhas.

Mundial do

O esporte foi criado na Alemanha logo após a II Guerra Mundial, em 1946, pelo alemão Hanz Lorenzer e pelo austríaco Sett Reindle. O intuito de sua criação era a reabilitação de veteranos de guerra com deficiência visual por intermédio da prática esportiva.

Quase trinta anos após sua origem, mas ainda apenas como evento de exibição, a modalidade fez sua primeira aparição internacional em 1972, nos Jogos Paraolímpicos de Heidelberg, na Alemanha.

 

No goalball, como em qualquer outra modalidade esportiva, os princípios do treinamento determinam o planejamento e sua execução. Os programas geralmente constam de três períodos de treinamento: preparação, competição e transição.

Na elaboração dos programas de treinamentos, devemos apreciar os seguintes aspectos: físicos, técnicos, táticos, psicológicos e sociais dos jogadores ou da equipe, assegurando a melhoria das habilidades e o aumento da capacidade energética para o desempenho das atividades da melhor forma possível e no tempo determinado. Esses aspectos, necessariamente, deverão compor a programação do treino da seguinte maneira:

 

1) Aspectos físicos - treinamentos das qualidades físicas gerais e específicas que envolvem a modalidade, como força dinâmica, força explosiva, coordenação, resistência anaeróbica, flexibilidade, agilidade, velocidade de reação e outros;

 

2) Aspectos técnicos - aperfeiçoamento dos gestos da modalidade por meio de exercícios específicos de defesa, ataque e passe;

 

3) Aspectos táticos - aprimoramento coletivo dos sistemas defensivos e ofensivos;

 

4) Aspectos psicológicos - controlar os níveis de ansiedade, motivação e concentração com relaxamentos, dinâmicas e terapias;

 

5) Aspectos sociais - desenvolver a socialização e cooperação por meio de treinamentos coletivos, amistosos com outras equipes e participações em competições.

Além disso, deveremos reconhecer a importância do ambiente para a prática do goalball, ou seja, deverá ser um local adequado, que propicie aos praticantes a segurança necessária a prática da modalidade (piso liso sem buracos e poucos obstáculos), acessibilidade facilitada ao local (chegada de transporte particular ou coletivo o mais próximo ao local do treino) e bem silencioso.

 

O goalball é uma modalidade esportiva completa e abrangente, onde desenvolve os sentidos, a percepção espaço temporal, reflexos e prepara o corpo para os afazeres do dia-a-dia do praticante.

Atletismo

 O atletismo é composto por atividades que permeiam as atividades diárias do indivíduo. Correr, saltar e lançar são práticas que estão inseridas dentro de nossos hábitos. No entanto, estas ações quando realizadas no atletismo apresentam-se de maneira especializada, cabendo a nós professores oferecer recursos para o aprendiz poder trilhar este caminho de aperfeiçoamento.

    O atletismo para as pessoas com deficiência visual (cegos e com baixa visão) segue a mesma lógica do esporte convencional. No entanto suas regras são alteradas somente para possibilitar a participação das pessoas que não recebem ou recebem de maneira muito limitada as informações visuais.

    O atletismo para deficientes visuais tem as seguintes provas: corridas de velocidade (100, 200 e 400 metros), corridas de meio fundo (800 e 1500 metros), corridas de fundo (5000 e 10000 metros), corridas de revezamento (4x100 e 4x400 metros), corridas de pedestrianismo (provas de rua e maratona), saltos (triplo, distância e altura), arremessos e lançamentos (peso, dardo, disco e martelo) e provas combinadas (pentatlon - disco, peso, 100, 1500 e distância).

     As regras para as classes B1 e B2 são adaptadas pela Federação Internacional de Desportos para Cegos - IBSA e na classe B3 usa-se as mesmas regras da Federação Internacional das Associações de Atletismo - IAAF.  A aprendizagem da pessoa com deficiência visual no atletismo deve respeitar a individualidade do aprendiz, partindo do conhecimento e das incapacidades sensoriais do aluno, sempre com o foco em aumentar e desenvolver suas habilidades para a prática e execução da modalidade propriamente dita.

Powerlifting

 

 A I.P.F. - Federação Internacional de Powerlifting reconhece os seguintes levantamentos que devem ser feitos na mesma seqüência em todas as competições conduzidas pelas regras da IPF:

A.      Agachamento

B.       Supino

C.      Terra

A competição ocorre entre levantadores em categorias definidas por sexo, peso corporal e idade. Os Campeonatos Abertos para Homens e Mulheres permitem levantadores de qualquer idade acima de 14 anos.  As regras são aplicadas em todos os níveis de competição, é permitido para cada competidor três tentativas em cada levantamento. A melhor tentativa válida do levantador em cada levantamento, conta em seu total na competição. Se 2 (dois) ou mais levantadores obtiverem o mesmo total, o levantador mais leve se classifica à frente do mais pesado.

 Se 2 (dois) levantadores registrarem o mesmo peso corporal na pesagem e alcançarem o mesmo total no fim da competição, o que primeiro realizou o total terá precedência sobre o segundo. Quando forem entregues os prêmios para melhor agachamento, supino e terra, ou se um recorde mundial for quebrado, o mesmo procedimento será aplicado. 

Agachamento

 

O levantador deve estar voltado para a frente da plataforma. A barra deve ser apoiada horizontalmente nos ombros, com as mãos e dedos segurando a barra, e o topo da barra não mais que a sua espessura abaixo da extremidade externa dos ombros. O diagrama a seguir indica a posição legal da barra sobre os ombros. As mãos podem estar posicionadas em qualquer lugar na barra entre ou em contato com os colares internos.

Depois de tirar a barra dos suportes, (o levantador pode receber ajuda na remoção da barra dos suportes pelos auxiliares/anilheiros) o levantador deve se mover para trás para estabelecer a posição inicial. Quando o levantador estiver imóvel, ereto e com os joelhos estendidos, e a barra posicionada corretamente o Árbitro Chefe dará o sinal para o início do levantamento. O sinal deverá consistir de um movimento do braço para baixo e do comando audível “squat” (agache). Antes de receber o sinal para “agachar” o levantador pode fazer qualquer ajuste de posição dentro das regras, sem penalidade. Por razões de segurança será solicitado ao levantador que guarde a barra, junto com um movimento de braço para trás, se após um período de 5 segundos ele não estiver na posição correta para começar o levantamento. O Árbitro Chefe então dirá o motivo pelo qual o sinal para início não foi dado. Quando receber o sinal do Árbitro Chefe o levantador deve flexionar os joelhos e abaixar o corpo até que a superfície das pernas na junção com o quadril esteja abaixo da linha do topo dos joelhos. Apenas uma tentativa de descida é permitida. É considerado o começo da tentativa quando os joelhos do levantador iniciarem a flexão. A barra pode se mover de sua posição inicial para baixo, nas costas do levantador, numa distância igual à espessura/diâmetro da barra durante a performance do levantamento.

 

 O levantador deve voltar para uma posição ereta com os joelhos estendidos quando quiser. Balanço/impulso duplo na parte mais inferior da tentativa de agachamento ou qualquer movimento para baixo não é permitido. Quando o levantador estiver imóvel (na posição final aparente) o Árbitro Chefe dará o sinal para guardar a barra no suporte. O sinal para guardar a barra no suporte consistirá de um movimento com o braço para trás e do comando audível “rack” (guarde). O levantador deve então se mover para frente e recolocar a barra nos suportes. Por razões de segurança o levantador pode pedir ajuda dos auxiliares/anilheiros  para retornar e recolocar a barra nos suportes. O levantador deve ficar com a barra durante esse processo.

Supino

 

O levantador deve deitar de costas com a cabeça, os ombros e as nádegas em contato com a superfície do banco. Os pés devem estar retos no chão (tão retos quanto a forma do calçado permita). Suas mãos e dedos devem pegar a barra posicionada nos suportes com os polegares dando a volta na barra (pegada fechada). Essa posição do corpo deve ser mantida durante todo o levantamento.

Para conseguir firmar o pé o levantador pode usar placas com a superfície plana ou blocos não excedendo 30 cm de altura no total para elevar a superfície da plataforma. Blocos de 5 cm, 10 cm, 20 cm, 30 cm, devem estar disponíveis para colocação dos pés em competições internacionais. O espaçamento das mãos não deve exceder 81 cm medidos entre os dedos indicadores (ambos os indicadores devem estar na marca de 81 cm e os indicadores inteiros devem estar em contato com a marca de 81cm se a pegada máxima for utilizada). Se no caso de algum antigo machucado ou anatomicamente o levantador não puder segurar a barra igualmente com as duas mãos, ele deve informar aos árbitros antes da retirada da barra do suporte em cada tentativa, e se necessário a barra será marcada de acordo. O uso da pegada reversa é proibida.

 Depois de tirar a barra dos suportes, com ou sem a ajuda dos auxiliares/anilheiros, o levantador deve aguardar o sinal do Árbitro Chefe com os cotovelos travados. O sinal será dado assim que o levantador estiver imóvel e a barra posicionada propriamente. Por razões de segurança, será requerido ao levantador para guardar a barra, juntamente com um movimento do braço para trás,  se depois de um período de 5 segundos ele não estiver na posição correta para iniciar o levantamento. O Árbitro Chefe então dará a razão pela qual o sinal para início não foi dado. O sinal para iniciar a tentativa deve consistir num movimento do braço para baixo juntamente com o comando audível “start”(comece).

Depois de receber o sinal, o levantador deve descer a barra até o peito ( o peito, à propósito da regra finaliza-se à base do osso esterno ) e  segurá-la imóvel no peito, após o qual o Árbitro Chefe dará o comando audível “press”(sobe). O levantador deve então retornar a barra ao comprimento dos braços sem extensão desigual excessiva/imoderada dos braços. Quando segura nessa posição imóvel, o comando audível “rack”(guarde) será dado juntamente com um movimento do braço para trás.

Terra

 

O levantador deve estar voltado para a frente da plataforma, com a barra apoiada no solo horizontalmente na frente dos pés do levantador, segura com uma pegada opcional com ambas as mãos e levantada até que o levantador fique ereto.

No final do levantamento os joelhos devem estar travados numa posição estendida, em posição reta e os ombros para trás. O sinal do Árbitro Chefe consistirá de um movimento do braço para baixo e um comando audível “down”(desce). O sinal não será dado até que a barra esteja segura imóvel e o levantador esteja aparentemente na posição final. 4. Qualquer elevação da barra ou qualquer tentativa deliberada para elevá-la será considerada uma tentativa. Uma vez iniciada a tentativa, nenhum movimento para baixo é permitido até que o levantador atinja a posição ereta com os joelhos travados. Se a barra assentar (descer) quando os ombros forem para trás, isso não será razão para desqualificar o levantamento.

Voltar ao menu anterior

Unidade Olhos da Alma
Rua Maestro Grossi, 348 - Jaboticabal, SP

Fone: (16) 3202-5349

uniolhosdalma@yahoo.com.br
Olhos da Alma